Casos de Covid-19 voltam a aumentar na Europa; países retomam restrições

Freddy stars
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A Europa, que nos últimos meses relaxou as suas medidas preventivas contra o novo coronavírus, está vivenciando uma segunda onda de infecções pela Covid-19. Nesta quarta-feira (14), o Ministério da Saúde da Itália registrou 7 332 novos casos da doença, a maior marca do país desde o início da pandemia. Até então, o pico havia sido registrado em 21 de março, auge da crise sanitária italiana, quando se contabilizaram 6 557 novos infectados. A região mais afetada continua sendo a Lombardia, mas o governo lançou um decreto válido para todo o território que, entre outras medidas, determina o fechamento de estabelecimentos antes da meia-noite, proíbe a prática de esportes de contato e torna ilegal a realização de festas particulares em discotecas e outros espaços públicos.

Na terça-feira (13), a Rússia também quebrou o seu próprio recorde de novos casos de coronavírus registrados em um único dia: foram 13 868, segundo as autoridades de saúde do país. Diferente do italiano, o governo russo não está disposto a aplicar novas medidas de contenção da Covid-19, apesar dos casos diários no país terem quase triplicado em comparação com o início de setembro. Vale lembrar que, segundo levantamento do site de estatísticas WorldOMeter, a Rússia ocupa o quarto lugar na lista de nações com maior número de contágios, atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e do Brasil.

Na Península Ibérica, o noticiário local está dominado pelas atualizações sobre o jogador Cristiano Ronaldo, que testou positivo para a Covid-19, mas o problema vai além. Nesta quarta-feira (14), Portugal decretou estado de calamidade em todo o seu território, que na última semana tem registrado 1 000 casos diários. Os surtos parecem estar relacionados com festas e eventos estudantis, já que foram identificados quase 200 casos entre alunos do Porto e de Aveiro. Em uma reunião com o Conselho dos Ministros, o primeiro-ministro português, António Costa, explicou que o objetivo é reduzir as reuniões em ruas, lojas e restaurantes para um máximo de cinco pessoas. Já casamentos, batizados e comunhões poderão ter até 50 participantes, mediante uso de máscara e cumprimento do distanciamento social. Nas universidades, festas não docentes foram proibidas.

A vizinha Espanha, por sua vez, registrou, também na quarta-feira (14), 5 104 novos casos de infecção pelo coronavírus nas últimas 24 horas. Desses, 1 600 são da região da Catalunha, onde fica a cidade de Barcelona. Para frear o avanço da doença, a comunidade autônoma decretou o fechamento de todos os bares e restaurantes pelos próximos 15 dias, além da suspensão das aulas presenciais em universidades e a redução na capacidade de centros comerciais e academias. A capital espanhola, Madrid, segue em estado de emergência desde a última sexta-feira (9), sendo proibido sair ou entrar na cidade.

A segunda onda de contaminações também está chamando a atenção da Alemanha, apesar da situação ali ser menos grave que a da maioria dos demais países europeus. Segundo o Instituto Robert Koch, o país registrou, também nesta quarta-feira (14), 5 132 novas infecções. O número está se aproximando do pico vivido entre o fim de março e o começo de abril, quando havia uma média de 6 000 novos registros diários. Em Berlim, onde a situação é mais crítica, o governo local lançou uma polêmica campanha publicitária que mostra uma senhora idosa, vestindo máscara, levantando o dedo do meio. No cartaz, lê-se: “Dedo do meio levantado para todos sem máscara. Nós respeitados as regras do coronavírus”.

*Com informações da EFE

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