‘Prêmio da beleza’: Por que pessoas bonitas se dão melhor no trabalho

Freddy stars
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Entre psicólogos e economistas, é consenso de que existe um prêmio da beleza no trabalho. Décadas de pesquisas demonstram que homens e mulheres considerados mais atraentes conseguem emprego mais facilmente. Também ganham mais e recebem melhores avaliações profissionais. É fácil deduzir daí que se dão melhor na carreira só por causa da beleza. Que pessoas belas são contratadas porque quem faz a seleção tem um interesse oculto nelas. Mas não é bem assim, segundo um estudo da Escola de Administração da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores simularam com 200 participantes um processo de contratação. Numa primeira fase, eles foram avaliados por uma comissão com base na aparência. Ganhavam notas de 1 a 5, sendo 1 pouco atraente, 3 os que estavam na média e 5 quem era muito atraentes. O critério era subjetivo, mas se buscou respeitar o padrão de beleza dos Estados Unidos. Em seguida, cada participante gravou um vídeo de apresentação como se fosse concorrer a um emprego em uma das 500 maiores empresas americanas. Vídeos como muitos deles já vinham fazendo na vida real, participando de seleções verdadeiras.

Por último, preencheu um questionário, elaborado para verificar o quanto cada um confiava em si mesmo para ser aprovado numa seleção. Os vídeos foram submetidos então a 21 gerentes de Recursos Humanos, acostumados a usá-los para avaliar candidatos. Eles apontaram uma chance 20% maior das pessoas bonitas serem contratadas na comparação com uma menos atraente. Mas não por causa da beleza. Nos vídeos, as pessoas mais bonitas apresentaram uma comunicação não verbal mais eficiente, segundo os especialistas em RH. Isto é, tinham uma postura e segurança ao falar que impressionou mais do que as menos bonitas. E também receberam uma pontuação mais alta nos rankings que mediam o quanto se sentiam confiantes. Acabavam impressionando mais levando os avaliadores a dizer que elas teriam mais chance em um processo de contratação.

Já o segundo experimento demonstrou que beleza não é tudo. Outros cem participantes foram instruídos a gravar o mesmo vídeo adotando dois tipos de linguagem corporal: uma pose reconhecida como mais poderosa, ereta. Uma considerada neutra, normal. Desta vez, os menos bonitos viraram o jogo. A chance de alguém menos atraente conseguir a vaga superou em 4% o melhor resultado das pessoas mais bonitas. Mas isso com a postura mais incisiva. Se sentando de uma maneira mais neutra, tinham 5% a menos de chance do que as bonitas, mesmo as mais acanhadas. Mais do que beleza ou a falta dela, prevalece  o quanto a pessoa passa confiança, seja na contratação ou no trabalho. Homens e mulheres atraentes são mais confiantes. Mas adotar uma postura confiante, não importa a aparência, é o que funciona melhor.

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