Sérgio Reis faz pregação incoerente e até parece um novo líder, mas não se sabe de quê

Freddy stars
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O cantor, ou ex-cantor sertanejo, Sérgio Reis perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado. Meteu-se em um assunto complicado, desses que costumam acabar com um país, por exemplo. Já foi deputado federal. E daí? O que ele fez na Câmara dos Deputados? De repente, como um maluco, começou a divulgar vídeos de sua autoria convocando os caminhoneiros para uma greve geral contra o Tribunal Superior Eleitoral. O motivo são as urnas eletrônicas, neura do presidente Jair Bolsonaro. Nos vídeos, fazia pressão ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, aproveitando o 7 de Setembro que se aproxima, que dizem ser o Dia da Independência do Brasil. Sérgio Reis, o ex-cantor sertanejo, passou a ser criticado duramente por membros do Ministério Público Federal, que está investigando suas declarações.

O ex-cantor anda dizendo agora que se arrepende de ter divulgado os vídeos, mas continua a defender uma greve dos caminhoneiros, especialmente contra o STF. Ele diz assim: “Se não fizer uma paralisação, não muda este país”. Diz estar ciente da repercussão negativa de tudo que tem falado inconsequentemente por aí, mas garante que não tem medo de ser preso porque não é um frouxo. Falou mais, estupidamente: “Não tenho medo de ser preso porque não sou mulher e cadeia é para homem”. Palmas para ele, gente. Muita palmas! Em entrevista ao jornal O Globo nesta quinta-feira, 19, o cantor, ou ex-cantor sertanejo, chegou a dizer “que era tudo brincadeira”. Brincadeira? Além de tudo, tem a desfaçatez de fazer essa afirmação. Exatamente nesta sexta-feira, 20, o cantor, ou ex-cantor, e mais o deputado federal Otoni de Paula (PSC), são alvo de Operação da Polícia Federal, que cumpre mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal. Ao todo, são 29 mandados autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas o sertanejo é a pérola da lista. O objetivo da medida é apurar o eventual cometimento de crime de incitar a população a praticar atos violentos e ameaçadores à democracia, ao Estado de Direito e suas instituições. E o cantor, ou ex-cantor, Sérgio Reis está metido nisso, ele que não tem medo de ser preso porque não é frouxo nem mulher.

O sertanejo diz que se prejudicou muito, porque não era sua intenção provocar todo esse auê. Mas defende a greve, observando que não é preciso quebrar nada, tem que ser tudo sereno e sem briga. Afirma que o Brasil não pode continuar com o STF que está aí. Afirma, também, que Bolsonaro é muito bem orientado na parte jurídica e sempre procura fazer as coisas direitinho de acordo com as leis. Sérgio Reis garante que no dia 7 de setembro haverá uma mobilização nacional. Brasília, por exemplo, vai fechar. A Avenida Paulista, em São Paulo, será invadida. Salientou que o STF cansou o Brasil ao se especializar em soltar bandido. Dizendo ser um “cara do povo”, ele acha que alguns ministros do Supremo têm que sofrer o impeachment e uma greve de caminhoneiros vai ajudar muito nisso. Numa espécie de desafio, o ex-cantor afirmou que está na casa dele esperando a Polícia Federal para ser preso. Não tem medo porque não é frouxo nem mulher e porque nunca matou ninguém e nunca falou mal de nenhum ministro. Seja como for, vai ter que se explicar. É difícil encontrar tanta estupidez e inconsequência. É difícil, mas essa estupidez está impregnada na pele do país. Parece que o sertanejo é um novo líder, mas não se sabe de quê. Faz uma pregação incoerente, não sabe bem se posicionar, mas quer uma greve dos caminhoneiros sem saber o que isso vai representar para o Brasil. Não dá para levar a sério mesmo. Este país perdeu o rumo, mas o exemplo vem de cima. O ex-cantor devia continuar cantando. De estupidez o Brasil está cheio.

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