Paulo Vilhena sobre nascimento da filha: ‘Foi o momento mais selvagem e lindo que já vivi’

Freddy stars
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Paulo Vilhena não esconde o cansaço e, ao mesmo tempo, a realização, na fala suave e calma enquanto conversa com exclusividade sobre paternidade. Aos 44 anos, o ator vive desde que sua mulher, Maria Luiza Silveira, deu à luz Manoela, de quase dois meses, um momento muito sonhado e planejado.

“Eu sempre sonhei em ser pai e me organizei profissionalmente, financeiramente e familiarmente com a Maria Luiza para viver esse momento”, conta ele, que se casou de maneira intimista em junho.

Os dois, que até recentemente não contaram com a ajuda de uma babá, são parceiros na rotina da bebê. Após cada mamada, Paulinho assume a troca de fralda e faz com que a menina esteja pronta para mais algumas horinhas de sono.

“A gente ficou sem babá até uma semana e meia atrás, agora a gente tem a Bel, que foi babá da Luiza. É muito bonito ver esse ciclo de histórias, esse reencontro. Mas no começo a gente optou realmente por viver integralmente esse período de recém-nascido, que vai até 28 dias. Depois, a gente entendeu que ter um suporte era importante para a nossa saúde e bem-estar como pais e casal. A Bel nos ajuda três vezes por semana, das 9h às 18h. E os outros quatro dias a Manoela fica integralmente conosco e com a rede de apoio que temos nas nossas famílias. É um comprometimento de cuidado, aprendizado e conexão com a Manoela”, explica.

Vivenciar essa experiência juntos uniu ainda mais os papais como casal. Paulo diz que se sente feliz por poder inspirar, ao lado de Maria Luiza, as pessoas a acreditar no amor.

“A Manoela chegou para concretizar a nossa união. Como a gente escolhe lidar com a nossa família? De uma forma divertida e leve. Responsável, mas com doçura e leveza. Isso impacta nas nossas vidas, famílias, amigos e nas pessoas que acompanham a gente, seja pela internet ou no dia a dia. É legal entender que a gente como casal pode realmente inspirar as pessoas a acreditar no amor. É isso que a gente tem vivido absolutamente: o amor”, ressalta.

Como foi a experiência de estar ali no parto com a Maria Luiza?
Foi o momento mais selvagem e lindo que já vivi. Selvagem porque a gente vê ali uma mulher se tornando mãe em meio a sangue, suor, lágrimas, dor.. Tudo isso para trazer a vida! É muito doido. Fiz questão de acompanhar não só a gravidez da Luiza o tempo inteiro, mas o parto e todos os momentos de hoje, em que estamos cuidando da Manoela. O processo todo é muito bonito. Segurar a Manoela pela primeira vez deu um medo, era uma responsabilidade muito nobre e grande. Foi um misto de várias emoções, da alegria ao medo, da felicidade ao desespero.

Qual a tarefa mais difícil: dar banho, trocar a fralda ou botar para dormir?
O combo (risos)! Tudo isso, ao mesmo tempo, e a toda hora. Mas acho que o que mais me dá aflição é quando ela tem uma cólica e sente dor. Ver o teu filhote sofrer é muito doloroso, mas estamos aprendendo a lidar. O choro faz parte e é a forma com que o bebê se comunica. As madrugadas também são bem difíceis. Mas ela está ajudando muito a gente. Ela já está mais responsável e assumindo esse posto de já não ser mais recém-nascida.

Teve alguma situação engraçada?
Algumas! É muito engraçado realmente. A gente combinou que a Luiza amamenta e eu troco e coloco para arrotar. A gente faz essa rotina para cada um ter uma conexão e também se responsabilizar. Cada um segura a barra do outro e se fortalece. Nessas trocas que ficam na minha responsabilidade, a gente vai pegando a manha. Agora já sei pelas expressões se ela vai fazer um cocô ou xixi. Já coloco um algodão na barriga, que estimula se estiver com vontade. Mas inevitavelmente a gente é presenteado com um xixi inesperado na cara ou um cocô inesperado no braço. Mas é divertido. A gente encara isso como uma diversão.

Como estão as noites de seu sono?
A gente tem ido dormir logo que ela toma o banho e mama, lá pelas 20h. Daí ela já está preparada para dormir e vai umas cinco horas e assim vai. São mamadas a cada duas horas de dia e a noite ela mesma pede com choro quando acorda. Até para ela ter essa autonomia de mamar quando quer. A gente está conseguindo organizar bem, mas isso tudo dou os créditos a Dayse Melo, que nos deu uma assessoria de amamentação e de cuidados gerais de rotina para ajudar no sono. Não sei nem como agradecer a Dayse. Ela criou rotina exercícios sensoriais… Isso nos ajuda a ter um resultado legal de sonos nessas janelas de descanso.

Você está dando um exemplo, talvez sem a intenção, para alguns homens, que muitas vezes não assumem os cuidados do filho recém-nascido com a mulher. O que os homens que não fazem isso estão perdendo?
Não quero ser exemplo e nem dar exemplo. Quero inspirar e servir de referência. Mas acho que cada um tem as suas necessidades, as suas posturas e vidas. Eu me programei para ser pai e sempre sonhei com isso. Me organizei profissionalmente, financeiramente e familiarmente para isso. Eu e a Luiza criamos um combinado de neste primeiro momento ficar na casa dos pais dela e no segundo momento ficar em Noronha. Depois a gente volta para o Rio. Tudo isso foi pensado por nós para que eu possa viver também a paternidade integralmente e na intensidade que sempre sonhei. Mas cada homem tem a sua história. Muitos ficam na função de prover para o lar. O que acredito é que se tudo é pensado e dividido fica mais leve. Além disso, quem não tem a oportunidade de vivenciar esse período perde a oportunidade dessa conexão, que é construída no dia a dia, a cada troca de fralda, a cada banho… Mas não dá para julgar. Cada um tem as suas necessidades.

As mulheres passam por grandes transformações emocionais e físicas após o parto. Como tem sido para você entender essas questões da Maria Luiza e o puerpério?
A gente ao longo da gravidez estudou e leu bastante a respeito de tudo. O puerpério é um tema muito relevante quando se fala de gravidez e pós-parto. A gente está muito atento para essas variações hormonais. Mas o fato da gente estar muito colado e conectado faz com que a gente se entenda muito só no olhar. Obviamente que tem momentos que a gente está cansado e se estressa ali com dia a dia, que é muito desgastante e, às vezes, tenso. O choro é algo que vai te minando, você pensa, ‘Caramba! O que está acontecendo?’. E isso te deixa mais sensível. Ainda mais para a Luiza que já está com esses hormônios balançados… Mas a gente tem se dado as mãos e respeitado muito um a outro. Eu, no papel de marido e parceiro dela, estou muito atento a isso, a essas fragilidades e sensibilidades. A Luiza é uma mulher muito forte, que deixa as coisas muito leves. Ela traz uma paz muito grande para o lar. Ouvi a Cássia Kis uma vez falar que ser mãe é adoçar o lar. A Luiza é essa mulher, que deixa o ninho gostoso. Ela tem se saído uma grande mulher e mãe. Está passando por esse momento com muito êxito.

Como a paternidade te transformou?
Aquele homem que já vinha sendo forjado na gravidez se concretizou ainda mais através da responsabilidade pela família. Antes era para a Luiza grávida, agora é para Luiza, Manoela e por nós. É a evolução deste homem, pai e marido. Agora tudo gira em torno da família. Esse novo homem nasce responsável pela sua família.

Você já tem planos de voltar ao trabalho ou pretende tirar uma licença também maior para curtir mais esse momento?
Tenho já algum plano de retorno no final do ano para um projeto muito legal que infelizmente não posso falar, mas tem a ver com a paternidade. Óbvio que se acontecer algo fora desse plano, como um bom convite para uma boa história a ser contada, a gente pensa. Mas princípio o plano é passar esse tempo com a Luiza e Manoela.

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